Mais de 2000 anos depois de uma cena parecida com esta, com todas as transformações que o mundo sofreu vale a pena adaptar o nosso pensamento às novas realidades. Sem nunca esquecer o fundamental. A fé.
Por fora as coisas podem parecer tudo o que quisermos. Mas não se deixem enganar!
terça-feira, 31 de março de 2009
Para pensar
Itinerários Espirituais Páscoa 2009
Foi no passado fim de semana que se realizaram os Itinerários Espirituais da Diocese de Aveiro! C_Radical, Nascer de Novo e Convívios Fraternos.
Três jovens Pedras Vivas estiveram três dias a "nascer de novo". Boa Diogo, Elsa Tomé e Rita Reigota!
Aqui ficam algumas fotos do encerramento no Covão do Lobo para recordar...
Ficamos á espera dos testemunhos dos participantes....
segunda-feira, 16 de março de 2009
Fotos do Encerramento da Semana Missionária
Ficam aqui algumas fotos do encerramento ontem á tarde.... Já deixam saudades os nossos missionarios... Obrigada por esta semana diferente!
domingo, 15 de março de 2009
Encerramento da Semana Missionária
HOJE às 15:00h, encerramento da semana missionária no Santuário da Sra. de Vagos. Todo o grupo deve estar presente para levar a nossa tocha!
Em baixo segue um esboço do programa:
15:00h - Concentração
15:30h – Cântico de Claudine.
15.35h - Saudação de acolhimento pelo Sr. Bispo de Aveiro, D. António Francisco:
15:40h – Testemunho de Missionários
15:50h – Cantico Claudine.
15:55h – Leitura dos compromissos de cada paróquia e queima dos papeis.
16:20h – Partida para as paróquias
E pronto....não vai doer...
Até já!
quarta-feira, 11 de março de 2009
Abertura da Semana Missionária
Está a decorrer a semana missionária! Começou no sábado passado, em clima de festa e alegria onde acendemos pela primeira vez a nossa tocha e onde conhecemos os missionários que iriam partilhar connosco esta semana!
Esperamos que corra tudo bem e que a busca pela missão cresça ainda mais no seio da nossa pequena comunidade mas com um espirito missionário que vai de Lombomeão até Manicoré....
Ficam aqui algumas fotos para recordar a partida desta semana...
A paroquia de Vagos representada pelo grupo de jovens Pedras Vivas e Monte Horeb
Tocha/Semana Missionária
Em plena semana missionária as Pedras Vivas apresentem a sua tocha.
Será o sinal que ela está viva entre nós a iluminar-nos com a presença do Padre Pimenta e a Irmã Inácia.
Lembrar que hoje, às 21:00h, temos o terço da luz, com a presença dos dois missionários. Na igreja do Lombomeão!
Domingo pelas 15 horas encerramento da semana no Santuário de N.ª Sra. de Vagos. Para todos.
terça-feira, 10 de março de 2009
No aconchego da Amazonia II
Breve nota explicativa: este texto foi escrito há cerca de 2 semanas atrás, mas só agora tive os meios e a disponibilidade para o publicar...
Primeiro dia de viagem, a bordo do "Cidade de Manicoré". Qual criança pequena, olho deslumbrada para o colorido das redes que balançam suaves nos dois convés, ouço os ruídos ecoados por algumas centenas de pessoas e várias toneladas de mercadoria com as quais partilharei os próximos dias. Subo rapidamente á àrea superior a "área de lazer" e fico ali, só contemplando o presente magnífico que a natureza me oferece naquele momento. O "encontro das águas": Rio Solimões (Amazonas) e Rio Negro encontram-se e seguem lado a lado, sem se misturarem. Aos poucos a água negra entra na água barrenta, aos poucos uma recua, a outra avança. Aos poucos cria-se a dança das águas que convivem sem perder a sua essência...
A minha mente vagueia por um milhão de analogias possíveis nas relações humanas... . Como seria bom, se como reflexo das águas, cada pessoa ou mesmo cada nação respeitasse a outra na sua unicidade e permanecessem lado a lado, num constante jogo de receber-oferecer. Utopia?
De volta ao convés, rapidamente surgem as conversas, um olá aqui, um sorriso ali, e assim, naturalmente começo a conhecer as histórias de vida que viajam comigo. Uma verdadeira amostra do povo manicoreense. Ali viaja a mãe adolescente com a filha e a avó-mãe, mas também noutra família, o pai adolescente. Viaja o jovem e o menos jovem que foram para a cidade grande na busca de um emprego melhor, na senda de uma vida mais digna, e que voltam três meses de miséria depois. Não encontraram trabalho nem vida mais digna. Viaja o cidadão consciente e activo que sofre com as injustiças políticas na sua cidade, mas também o cidadão "classe alta" que encontrou uma forma de subir na vida em troca de "pequenos favores políticos". As histórias sucedem-se... e eu... eu procuro ouvir apenas...
Durante a noite, o romantismo imaginado de dormir na rede pendurada no convés de um barco foi rapidamente desmistificado, para logo ganhar novo significado. No convés, sobrelotado, as redes sobrepõe-se, cruzam-se num equilíbrio ténue. O espaço entre elas é apenas o suficiente para não se encostarem. A sensação de aperto, de falta de espaço. Mas a rede embala, protege... e chega a sensaçao de aconchego. O aconchego de uma rede pendurada no convés de um barco que navega no rio Amazonas. Não havendo palavras para descrever a sensação, chamo-lhe apenas paz... paz interior...
A viagem continua, mais um dia, mais uma noite e um novo dia. A cada paragem uma nova movimentação: pessoas que entram, pessoas que saem, mercadorias que entram, mercadorias que saem. Na verdade, a chegada do barco representa para muitos a oportunidade de ganhar o dinheiro para o arroz e feijao do dia. Enquanto ancora na margem, logo os pequenos vendedores de tapioquinhas e bombons de cupuaçu saltam para o barco, os carregadores corpulentos logo começam a descarregar as mercadorias, os moto-taxis aguardam na esperança de mais um transporte. Entre as mercadorias encontra-se quase tudo, móveis novos e usados, electrodomésticos novos e usados, batatas fritas, refrigerantes, águas, motos e tantas outras coisas. É assustadora a dependência que as cidades do interior ainda vivem face à capital...
Alguém perto de mim comenta: estamos a chegar! Fecho momentaneamente os olhos e rezo uma pequena oração pedindo a Deus a força, a abertura de espírito, a inteligência, a doação necessárias para mais este recomeço...
Já se avista Manicoré.
Chegamos.